quinta-feira, junho 9

home, sweet home

sou uma rapariga de dar oportunidades. a coisas que sei que à partida não me atraem, com que não me identifico. e uma oportunidade de trabalho tem-me levado estas semanas a Lisboa. mas sempre soube que não era um sítio onde gostasse de viver, na grande cidade. sou uma rapariga de lugares mais tranquilos, cidade sim, mas com uma dimensão que consiga reunir o melhor de dois mundos: ofertas e diferenças culturais mas também o calor, o acolhimento de quem é dali. na grande cidade vê-se uma tristeza e solidão intrínsecas, que são uma forma de viver. e parece que vivo uma rotina que não é minha, a rotina do metro, da confusão, mas de uma personagem que ando a experimentar, o que acaba por ser interessante para mim também, claro. mas sou cada vez mais rural, é certo, no sentido em que, para me sentir bem, tenho mesmo de viver a um ritmo mais calmo do que o que a grande cidade impõe. e ainda por cima mulher do norte, que pressupõe uma série de valores - que prefiro chamar de coisas boas - é inegável. ir e vir acaba por ser bom, uma experiência como outras. e voltar a casa, onde ela é agora, é cada vez melhor.