terça-feira, maio 15


 
Houve alturas na minha vida em que sentia que era demasiado fraca para ser ambiciosa. Nunca tive a intenção de ter uma grande carreira, aliás nunca soube o que queria fazer... e ainda que tenha descoberto um trabalho que me preenche de uma forma que nunca conheci, continuo sem ter um objectivo muito concreto. Vou caminhando e o caminho vai-se abrindo para mim, vou podendo ver mais além. Nesses tempos, além de pensar que a vida aos trinta estaria decidida e resolvida, pensava que ser-se bem sucedido era construir uma carreira profissional em formato yuppie. Depois comecei a perceber que a vida não se instalava aos trinta, aliás, muita coisa despertava nessa idade e continuaria felizmente a aprender e, que muitas ou a maioria dessas aprendizagens passariam por coisas inimaginadas aos quinze, sendo que muitas delas acabariam algumas vezes por corresponder não ao que queria, mas ao que precisava. E com essas primeiras aprendizagens, a ambição de desconstruir as minhas limitações; ultrapassar os meus medos; aceitar e reconhecer o que é humano em mim e nos outros; potenciar. E o agradecimento diário.

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