quarta-feira, março 6

da saudade





Sou uma típica portuguesa. No sentido em que a saudade é um sentimento que me acompanha sempre. E noutros sentidos também. Nas minhas férias de Natal escolhemos Coimbra para passarmos um fim-de-semana bem português e romântico. E agora, daqui, oiço a voz do Zeca e (re)vivo a saudade daqueles momentos e do Portugal, Portugal pequenino que apetece pegar no colo, num final de tarde em que não há ninguém à espera, ninguém para voltar, só a saudade disso.  Como todos aqueles que sonharam com um destino melhor para a liberdade, com outra liberdade mais honesta. Afinal também eu preciso de colo. E de uma bela catarse, em formato filme comovente, para deitar tudo cá para fora, para limpar os cantos à casa da poeira e restos de lixo que se vão acumulando, que não interessam a ninguém. Pior do que morrer de saudades é viver com elas.

Sem comentários:

Enviar um comentário